23 fevereiro 2007

Costureiras





Nos anos que antecederam a industrialização do vestuário, muitos alfaiates e costureiras existiram por essas aldeias fora. No Pombalinho, durante os anos sessenta e em tempos em que a moda guiada por ritmos de puro consumismo ainda não tinha dado os primeiros passos, era frequente algumas senhoras recorrrerem às costureiras da aldeia para que estas executassem os seus vestidos por encomenda, ou seja, depois do tecido escolhido e do feitio consensualizado entre a modista e a cliente, passava-se à fase do corte que de imediato obrigava á primeira prova, procedendo-se depois ao acerto de pequenos detalhes até o vestido ficar satisfatoriamente ao gosto da cliente.

No post anterior fizemos referência a uma dessas senhoras que se dedicou ao trabalho e ensino da costura. Porém outras houve no Pombalinho, mas uma destacou-se não só pelo número de pessoas a quem ministrou a arte de corte e costura mas também porque a sua mestria “internacionalizou-se”, alcançando níveis e padrões de qualidade que facilmente tiveram reconhecimento fora de portas. Ela foi a nossa conhecida Ema Braga e este registo de 1964 representa uma das muitas “fornadas” de costureiras que a própria formou com a sua sabedoria, ainda na Rua Joaquim Gonçalves Ferreira. Da esquerda para a direita, Maria Albertina, Teresa, Luísa, Milita, Salomé e Ema Braga.


Autoria da Fotografia_Guilherme Afonso