Taberna do Diamantino
Costa no ano de 1977/78. Reconhecem-se Júlio "Mosca", Diamantino
Costa, João "da Guilhermina", Deolinda Borges e João Bernardino.
Taberna do Gabriel na
década de 1970. Reconhecem-se, Manuel Ramos, Manuel Cavaco, José Cachado, Nicolau
Mogas, António da Piedade, João Serra e Gabriel Joaquim.
As tabernas não eram só
lugares frequentados por quem procurava saciar a sede à volta de uns bons copos
de vinho. Eram locais também onde muitos se encontravam depois de terminado
mais um árduo dia de trabalho.
Nas tabernas criavam-se
ambientes propícios à conversa. Os mais diversos problemas que afectavam a vida
de quem dela fazia uma luta do quotidiano, eram discutidos e julgados por quem
se achasse capaz de fazer prevalecer as suas ideias. A situação do país, a
rigidez nas relações de trabalho ou até mesmo pequenos desaguisados que sempre
acontecem em qualquer comunidade, entravam com toda a naturalidade na lista dos
temas mais recorrentes.
Entre uns copos de
vinho com um bocado de "conduto",
descarregava-se a dureza da vida e no limite tentava-se esquecer ou mesmo
apagar alguns caminhos erradamente trilhados. As amarguras eram desveladas na
busca de uma qualquer compensação solidária de entre os presentes, e as
alegrias alegremente festejadas à volta de mais uma rodada de vinho. Por fim,
já depois do corpo ter dado sinais de divórcio com o cansaço e o espirito ganho
para mais um dia de trabalho, tinha chegado a hora da despedida! Lembremo-nos a
propósito, do Chico Bispo, do Diamantino Costa, do Zé Guilherme, do Chico
Minderico, do Manuel Gregório, do Hermínio Minderico, do Zé Narciso, do Chico
Pardal, do Gabriel Joaquim, do Manuel Frade ou do Rui Borges. Eram assim as
tabernas! Alternativas ou simplesmente refúgios, ao caminho directo entre a
rudeza dos campos do Pombalinho e a rotina do lar.
Colaboração
fotográfica de Victor Costa e Júlio Gabriel
Pesquisa de Bruno Cruz
Texto de Manuel Gomes
Pesquisa de Bruno Cruz
Texto de Manuel Gomes