A
todos os Amigos e visitantes do Pombalinho, desejamos Feliz Natal
e um bom Ano Novo de 2014.
22 dezembro 2013
26 novembro 2013
Joaquim Madeira - "Quimadeira"
Joaquim José Fonseca
Carvalho Madeira, de nome artístico Quimadeira, natural de Pombalinho - Golegã,
nasceu aos oito dias do mês de Julho de mil novecentos e cinquenta e oito, sob
o tórrido sol da lezíria ribatejana, entre touros, vinhas e cavalos, nesta
hospitaleira aldeia circundada pelos rios Tejo, Almonda e Alviela.
Iniciou a actividade
artística depois da sua primeira mostra (desenho sob o tema "ArteJovem")
na 24ª Feira do Ribatejo em 1977, durante a qual Mário Viegas (já falecido) se
lhe referiu:
"O traço
fino e decisivo marca a elegância e a beleza da sua obra".
Ao longo dos anos tem
participado em várias exposições colectivas em Portugal e na Europa tendo
trabalhos em colecções particulares em países como Espanha (Madrid e Bilbau),
França (Paris e Montluçon), Bélgica (Antuérpia) e Holanda (Rosendall e
Roterdão).
Radicado na Figueira da
Foz desde 1980 tem vindo a exercer a sua actividade profissional sempre no
sector dos transportes terrestres, inicialmente como director fabril, passando
a construtor de equipamento material de transporte, gestor logístico e técnico
de certificação de qualidade.
A partir de 2000 diversifica a sua actividade colaborando na
organização de eventos culturais, desportivos e participações televisivas como,
por exemplo: aniversários e homenagens, desfiles e concertos, festas
temáticas e pinturas corporais, corridas e desfiles de
camiões, concentrações de motos e raids todo-o-terreno, festivais
gastronómicos e folclore, exposições e pintura ao vivo e animação e
divulgação turística.
Dívida
Soberana, a exposição de desenho e pintura que Quimadeira inaugurou em 20 de
Março de 2011 na Galeria Magenta .
18 novembro 2013
Manuel Sabino Nunes Duarte "Veca"
Manuel Sabino Duarte
"Veca" foi uma figura incontornável da Feira do Cavalo. A sua
assiduidade neste mais importante evento realizado na Golegã, foi um de valor
inestimável para a região e para todos os que se habituaram a
admirá-lo na sua elegante e graciosa presença, sempre
que "desfilava" as suas montadas na famosa manga do
Arneiro.
Homem desde sempre
ligado ás lides do campo e aos cavalos, foi com estes que se cruzou
ao longo de uma vida dedicada ao ensino da arte equestre. O texto que serve de
suporte à fotografia deste post,
da autoria de António Costa e por si publicado em Outubro de
2011, é bem revelador dessa sua grande paixão.
Complementam esta
publicação, dedicada ao decano
dos Cavaleiros de Santarém e do Ribatejo, três vídeos
realizados pela Associação dos Amigos da Escola Agrícola de Santarém. Numa
entrevista dividida em três partes, "Veca" proporcina-nos uma viagem
por tempos vividos nos campos do Pombalinho e do seu percurso
como aluno na Escola Agrícola de Santarém. O cavalo, esse, nunca
deixou de estar presente!
"O Veca
foi em vida um caso importante de um predestinado para determinado tipo
de equitação. As passages e os piaffers que ele sacava aos cavalos eram
brilhantes. A empatia e a cumplicidade que criava entre ele e os animais que
trabalhava eram de tal dimensão que muitos tinham dificuldades em acoplar-se
aos seus cavalos. Vi-o por vezes montado em animais que não eram acima da média
e que conduzidos por ele apresentavam um “gesto” que em nada correspondia ao
valor que aparentavam.
Foi ao Veca que
António Ribeiro Telles confiou o Gabarito, o Damasco, o Zinco e mais alguns em
determinada fase do seu arranjo. Recordo-me de um (companhia das Lezírias) em
que o António toureou e que lhe comprou já arranjado, que pregava piruetas
verdadeiras (não confundir com piruletas…) e que sacou nas cortesias quando se
encerrou com 6 toiros em Almeirim tirando nesse dia partido da pirueta inversa,
que é tão raro ver.
Assisti á sua
alternativa com meus pais em Viseu, que lhe foi concedida por Mestre Manuel
Conde, na feira de S. Mateus no Fontelo onde todos os anos íamos. Vi-o tourear
algumas vezes, recordo-me de Cascais era então empresário Nuno Salvação Barreto
e em Tomar quando um toiro entrou pela porta dos cavalos.
Depois da morte
de seu filho com um ataque cardíaco, filho esse que já tinha tido uma lesão
grave num rim num jogo de Rugby, psicologicamente quebrou muito, mas
rejuvenescia de conversa pronta , quando o tema era o cavalo.
A última vez que
estivemos juntos foi este ano numa corrida do principio de época em Santarém.
Havia espaço e sentámo-nos ao lado um do outro para trocar impressões.
Guardo muitas
recordações sobretudo da feira de S. Martinho, mas talvez a principal seja no
baptizado do João Telles Júnior, em que fiquei na mesma mesa com ele e com o Zé
Eduardo Nunes cruzando os três a boa e a má equitação em exercícios de
pensamento livre que por vezes confluíram e outras não.
Meu caro Veca,
partiste e os apaixonados da Golegã vão sentir a tua falta, e do espectáculo
que era ver-te apresentar um cavalo em cujo o arranjo não faltava uma reverance
segura sem tibiezas.
Veca sabias como
poucos pôr um Sombrero.
Veca contigo
partiu um pouco do Ribatejo dos campos de oiro, e das “Portas do sol” o
lendário trovador, rezará em silencio uma ode a Manuel Sabino Duarte ( Veca
p’rós amigos.)"
António Costa
Foto - RomeirosSJose
Link relacionado - Manuel
Sabino Duarte
Manuel Sabino Duarte entrevistado pela Associação dos Amigos da Escola Agrícola de Santarém.
02 novembro 2013
Casamentos XV !
Casamento de Lucília Gomes com Américo
Ferreira.
A clássica fotografia "familiar" dos acompanhantes que estiveram presentes
na cerimónia realizada no Pombalinho em 24 de Abril de 1977.
Os noivos na tradicional sessão fotográfica..., para mais tarde
recordar!!!
Depois das cerimónia nupcial, uma visita ao futuro
lar dos noivos Lucília e Américo!
Uma imagem do
percurso na Rua António Eugénio de Menezes em
direcção à Rua 5 de Outubro.
Fotos gentilmente cedidas pela Lucília
19 outubro 2013
Mulheres do Pombalinho !
Algures num qualquer lugar do nosso
Pombalinho um grupo de mulheres, nossas bem conhecidas, pousou para a objectiva
do fotógrafo! Para elas e a julgar pelos seus semblantes, este momento
pode bem ter acontecido por um motivo especial! Para nós, hoje, não
importa sabermos a razão pela qual se propuseram a tão oportuno registo! O
que conta mesmo é as podermos recordar!... Nem que seja pela lembrança de uns
saudosos "bom dia" ou "boa
tarde" , que tantas vezes trocamos, sempre que com elas nos cruzávamos numa
qualquer rua ou lugar do Pombalinho!
De entre outras, reconhecem-se,
Clementina, Adelaide, Maria Encarnação, Maria Júlia Cavaco, Maria
Eugénia, Maria Júlia Bacalhau, Natália Narciso, menina Elvira
Narciso, Maria Emília Carréis e Anita Duarte.
06 setembro 2013
Eleições Autárquicas 2009!
Foi assim, o resultado
das Eleições Autárquicas realizadas no ano de 2009! As últimas no
Pombalinho como Freguesia do Concelho de Santarém!
Num contexto municipal
diferente, por força da recente Reorganização Administrativa do Território, as
próximas Eleições a realizar no dia 29 de Setembro de 2013
serão um marco histórico na vida dos Pombalinhenses! Pela primeira vez
irão eleitoralmente escolher o Presidente da Câmara Municipal da
Golegã e poderem participar, por inerência do acto, nos destinos
desta região ribatejana!
18 agosto 2013
Casa Agrícola, Braz Ornelas Infante da Camara!
Na publicação, possível, que fizemos sobre e vida de Braz Ornelas Infante da Camara em Junho de 2010, destacamos a importância que teve esta personalidade no desempenho da função de regedor do Pombalinho, mas também, enquanto proprietário agricola, no fomento e desenvolvimento que incutiu um pouco por toda esta região ribatejana.
Estas duas ilustrações, que hoje publicamos, reforçam o exemplo de dinamismo que Braz Ornelas atingiu, ainda em pleno principio do século vinte, na gestão da sua Casa Agrícola sediada no Pombalinho!
13 julho 2013
Pombalinho, Freguesia autónoma!
Faz hoje
407 anos que o Pombalinho foi desanexado da então freguesia de Nossa Senhora da
Conceição do Almonda do lugar de Azinhaga!
Para documento completo e original, clicar AQUI
07 julho 2013
Casamentos XIV !
Casamento de Ana
Leal com Francisco Cruz, em 20 de Abril de 1958.
Fotografia que
reporta o momento em que a noiva se dirigia de casa
de seus pais, na Rua Hilário José Barreiros também conhecida pela Rua das
Flores ou Rua do Norte, para a Igreja Paroquial
do Pombalinho.
Entre os
acompanhantes de Ana Leal, reconhecem-se, para além dos seus
padrinhos de casamento Ana Andrade e Manuel Mateiro, Duarte Cruz, o
noivo Francisco Cruz, Augusto Dionísio, José Leal e meninas, Zita Bento,
Lena Cavaco, Fernanda Cavaco, Maria Júlia Grais e José
Manuel Mateiro.
Colaboração fotográfica de Bruno Cruz
28 junho 2013
Café Central - Golegã
Sempre que saíamos
do Pombalinho em direcção à planície, O "Café
Central" na Golegã era um dos locais de paragem quase que "obrigatória" !
Para beber uns copos numa roda de amigos, saborear um festivo
jantar comemorativo ou simplesmente usufruir de
outros ares que não encontrávamos na nossa terra!
Nesses tempos o
Pombalinho tinha, porventura, um outro encantamento! Quem lá
vivia sentia-se integrado na comunidade de uma forma muito
especial! Os laços de apego de variada ordem não eram fáceis
de quebrar! A vida social movimentava-se a um ritmo
diferente! Havia um maior apelo ao estar, a uma
forma muito peculiar de viver, enfim, ao sentido prazenteiro da vida
à boa maneira das gentes desta zona tão caraterística do
Ribatejo!
Mas apesar de
todos esses elos de múltiplas e agradáveis vivências que se faziam sentir
no Pombalinho, mesmo assim, razões não haviam que impedissem que a
Golegã não tivesse sido sempre considerada como um destino
alternativo dos pombalinhenses!
Os fins de semana eram complementarmente preenchidos com
visitas entusiásticas aos lugares mais castiços e conhecidos da terra
da Feira de S. Martinho.
Um grupo de
amigos, pombalinhenses,
no Café Central.
Manuel Fonseca, Mário Loureiro , Ezequiel Leal, Francisco
Presume e Carlos Leal.
Entraram assim no roteiro das
nossas memórias, as inesquecíveis "imperiais" do Chico Afonso que na altura se dizia das mais leves da região por serem
de marca "Cuca", as saborosas febras grelhadas no "Lagar"
ao som de fados e guitarradas, os belos bifes no
"Central", ou até os petiscos regionais no "Cu
da Mula".
Afinal tudo isto fazia o seu sentido! A ligação do Pombalinho e das suas gentes à "capital do cavalo" nunca deixou de facto de existir! Tanto a partir da vertente laboral ao nível do amanho e cultivo dos campos da Golegã como no desempenho de profissões de caracter urbano! Mas também e principalmente numa relação social que se foi cimentando através dos tempos e naturalmente assumida e exercida na base de valores e tradições comuns às duas comunidades!
Foto do Central
retirada da sua página FB
Foto do Grupo
Amigos, gentilmente cedida por Carlos Leal/Fernando Leal
18 junho 2013
Largo da Igreja em 1935!
Largo da Igreja do Pombalinho em meados da década trinta do século passado!
Excelente fotografia,
justificada porventura pela presença de mais uma das habituais cheias do
Rio Tejo!
Para além do
nível da água na Rua Manuel Monteiro Barbosa, há a registar,
curiosamente, nesta fotografia, mais três interessantes pormenores: o
facto de na altura em que foi tirada não existir ainda relógio na
Igreja, o adro da igreja ainda não ter gradeamento e a
existência de uma árvore na esquina da Rua Domingos Mota,
que presumivelmente parece ser a mesma aqui registada nesta
foto de 1900 .
Fonte da foto - Assírio Núncio
Colaboração - Bruno Cruz
14 junho 2013
04 junho 2013
A cultura do cânhamo !
Esta série de
fotografias, sobre a cultura do cânhamo, foi-me enviada por José Barrão que o
próprio recolheu de uma revista editada no ano de 1940.
De todas as
fotografias apenas uma refere o Pombalinho como sendo o local onde
estes trabalhos foram realizados! No entanto, uma outra,
aquela cuja legenda identifica as manchas brancas como sendo pedras para
manter o cânhamo submerso, retira quaisquer dúvidas sobre onde
efectivamente estes trabalhos de tratamento do cânhamo foram
executados! De facto se nos posicionarmos na respectiva fotografia
como se estivéssemos na alverca de Fernão Leite, identificamos sem
nenhuma dificuldade, no lado esquerdo da mesma, o edifício da Escola
Velha e logo a seguir onde hoje é a sede da Junta de Freguesia do
Pombalinho.
Os trabalhos
de extração da fibra pelas gramadeiras podem ter sido feitos numa das
eiras que haviam ali bem por perto.
É um registo que muito
nos congratulamos em publicar! Por duas razões! Por ser um tema que até hoje
ainda não tinha sido abordado aqui no "
Pombalinho" e acima de tudo pela possibilidade de
darmos a saber às gerações de hoje, mais uma atividade
agrícola que em tempos ocupou os campos do Pombalinho!
Nota 1 - "O Pombalinho" agradece a José Barrão pela gentileza
no envio das fotos assim como do texto de apresentação das mesmas, a
partir do qual elaborei as linhas que servem de preâmbulo a
esta publicação.
Nota
2 -
Por vezes recebemos comentários que ultrapassam, felizmente,
os meros cumprimentos formais por tudo o que vamos publicando aqui
no "Pombalinho"!
São riquissimos testemunhos de vidas que complementam perfeitamente os
assuntos a que se referem! Foi o que aconteceu com "A cultura do cânhamo"
! Poucos dias depois da sua publicação recebi, via mail, de Guilherme
Afonso o seguinte texto que traduzindo o que acabo de dizer, de
forma nenhuma o poderia deixar em arquivo e sem que dele aos leitores deste
blog desse conhecimento.
Maputo, 11 de
Junho de 2013
Recordar
é uma arte... Não é assim, Caro Amigo Manuel
Gomes?...
E é também
viver, como é mais comum dizer-se.
E foi o que
aconteceu comigo, ao ver esta reportagem sobre o cultivo do cânhamo (cannabis
sativa) no Pombalinho: pôr-me a viver (ou talvez mais propriamente a reviver)
os meus tempos de rapaz em que trabalhei em searas de cânhamo semeadas nos
campos da nossa terra.
Poderei dizer
que fiz tudo em searas de cânhamo desde a sua sementeira até á extracção da
fibra das plantas, para uma fábrica têxtil em Torres Novas, excepto semeá-lo.
Constou na
altura que até ali essa fábrica importava a fibra da Itália, mas que com o
deflagrar da Segunda Guerra (1939-1945), isso deixou de ser praticável, dado o
risco de afundamento dos navios que a transportassem.
De facto, não o
semeei, mas um dos primeiros trabalhos assalariados que fiz, senão mesmo o
primeiro, ao sair da escola com o 2º Grau da Instrução Primária feito (11
anos), foi exactamente espantar os pardais da primeira sementeira de cânhamo feita
na nossa terra, a qual abrangia todo o terreno que vai desde o muro da Rua
Carolina Infante da Câmara até á Alverca de Fernão Leite e da estrada Nacional
365 até á Estrada Real, exceptuando, claro, os espaços ocupados por uma vinha,
que era do Manuel Sabino, e por um olival, que já não me lembro de quem era e
se situava do outro lado da rua em que fica a Estalagem (Estalagem do Pocinho),
parece que é assim que se chama.
De resto, fiz
tudo, até extrair-lhe a semente, para novas sementeiras e para vender para as
lojas de comida para pássaros, e também para ir metendo na boca e mastigando.
A semente era
extraída da planta fêmea, que crescia um pouco menos que a planta macho, para
absorver desta, na sua parte gomosa, aquela de que se prepara o haxixe, o pólen
sobre a sua florescência.
Um daqueles
indivíduos mais novos vistos nas fotografias que o José Barrão lhe enviou,
posso muito bem ser eu.
Para o José
Barrão, que, salvo erro no cumprimento do serviço militar, andou aqui por estes
lados, onde muitas vezes nos encontramos, um grande abraço.
A extracção da
fibra pelas gramadeiras não se fazia em eiras. Fazia-se geralmente em olivais,
à sombra das oliveiras.
E é o que se me
oferece dizer-lhe Caro Amigo, sobre o cultivo da cannabis sativa nos campos do
nosso Pombalinho.
Um grande abraço
Guilherme
Afonso.
20 maio 2013
Júlio José Barreiros
Júlio José Barreiros,
lavrador e proprietário, nasceu no Pombalinho em 20 de Dezembro de 1876 e
morreu em 30 de Outubro de 1944. Era filho de Hilário José Barreiros
e de Catarina dos Anjos Barreiros, também eles lavradores e agricultores
do Pombalinho e ele ainda feitor das terras do Barão de Almeirim.
Casou primeiro
com Alice
Ornelas Infante da Câmara 8 de Junho de 1905 na Igreja de
Santa Cruz do Pombalinho e em 1918, já no estado de viúvo, com Aurora Machado
Pedroso, professora do Ensino Primário no Pombalinho.
Júlio José Barreiros,
teve sete filhos. Cinco do primeiro casamento, Júlio da Câmara Barreiros
[28-Abr-1906 a 02-Ago-1988], Maria Emília Infante da Câmara Barreiros [02-Jun-1908 a
25-Set-1998], Hilário José Câmara Barreiros [ ], Hilária Catarina
Câmara Barreiros [???? a 21-Dez-1913], Alice Carolina Câmara
Barreiros [12-Jan-1912 a 24-Set-1989], e dois do
segundo, Noémia Pedroso Barreiros [21-Mai-1919] e Carlos Pedroso
Barreiros [01-Mai-1921 a 16-Jul-2002].
Primeiros anos - Em pequeno por ser de
constituição frágil e, dos irmãos, o único que não podia andar no campo, o pai
resolveu mandá-lo estudar, tirando o curso de ajudante de farmácia.
Actividade profissional
- Foi director técnico de uma farmácia em Vale de Figueira (Vilgateira?), de
outra na Azinhaga, e de outra em Lousa, a caminho de Montachique, contudo não
fez carreira desta actividade. Segundo a filha Maria Emília, "dedicou-se à agricultura mas
estava talvez à frente da época. Comprou o primeiro tractor da região. As
coisas não correram bem e teve que vender. Era empreendedor mas sem
sorte."
Segundo a
filha Noémia , " de manhã agarrava no pau do marmeleiro, saía,
ia ver os homens que estavam a trabalhar e pronto. Nunca trabalhou na terra nem
no tractor (o filho Júlio sim), gostava muito daqueles inventos novos, a
ceifeira, a debulhadora. Alugava o tractor aos outros que não tinham, mas isso
depois dava despesa que não conseguia recuperar. Para arranjar um motor, era
preciso vir um mecânico da Golegã e nisso gastava muito dinheiro.
A casa foi
remodelada numa altura em que as coisas subiram de preço. O orçamento subiu
loucamente durante a guerra e a casa nãochegou a ser acabada. Ficou rebocada e
com a parte de cima. Depois teve que vender a casa e as propriedades.
Tinha entretanto
falecido um empregado que era o braço direito dele - o Manuel Melão - de quem
era bastante amigo (nos dias de anos convidava-o sempre para se sentar à sua
mesa) e cujos filhos eram todos afilhados lá de casa."
Actividade
social - Casou-se
aos 29 anos com uma senhora nascida na Quinta da Mata (vizinha freguesia de S.
Vicente do Paúl), mas educada em casa de umas tias muito ricas do Pombalinho
que lhe deixaram uma valiosa herança.
O registo de casamento
dá a noiva, Alice Ornelas Infante da Câmara, como filha de pais
incógnitos; de facto só viria a ser perfilhada mais tarde, mas apenas pelo pai,
Manuel Infante da Câmara.
A esposa morreu
prematuramente por parto da filha Alice, ela própria também nascida
prematuramente. Júlio José ficou assim com três filhos muito jovens (dois já
tinham falecido).
Foi Presidente da Junta de Paróquia no
período de 21-Fev-1921 a
21-Mar-1921 , recebendo nesta qualidade a nova professora
do ensino primário, portadora de uma carta de apresentação - D. Aurora Pedroso
- com quem algum tempo depois viria a casar (esta senhora vivia até então na
casa que pertenceu a Júlio Câmara Barreiros, na Rua da Igreja) passando a viver
na "casa dos arcos". Tiveram dois filhos: Noémia e Carlos.
Amador e
organizador de touradas ,
actor e autor teatral
(escrevia peças de teatro e ensaiava sobrinhos e amigos no celeiro por debaixo
da escola primária, onde depois actuavam), músico (tocava acordeão), ensaiador
de ranchos folclóricos, era ainda famoso desenhador de monogramas e percursor
das palavras cruzadas. Gostava muito de conversar junto da farmácia com
lavradores da região, negligenciando a sua actividade económica; deslocava-se
frequentemente a Santarém e a Lisboa onde era assíduo frequentador de teatros e
de bons restaurantes.
Em 1938, sofrendo já de
grandes dificuldades económicas, veio definitivamente para Lisboa acompanhado
de toda a família, excepto o filho Júlio, entretanto já casado. Esta vinda
teria ainda sido motivada por questões de saúde - sofria de asma - e também
pelos estudos da Noémia e Carlos.
Saúde - Para além dos problemas de asma
sofria também do aparelho digestivo, em particular do fígado, que tratava nas
termas do Gerês.
Nos últimos anos de
vida engordou muito o que o obrigou a uma vida sedentária, imobilizando-o em
casa. Dedicou-se então ao fabrico de pequenas peças de madeira feitas de buxo
que tinha trazido do Pombalinho. Mobílias em miniatura, molduras e
dobradouras originais, agulhas de tricot, etc., etc., saíam das suas mãos com
toda a perfeição, apesar de apenas dispor de ferramentas manuais muito simples.
Nota - O autor
deste blog agradece e gentileza de Fernando F Barreiros na elaboração e
envio deste magnífico trabalho biográfico sobre o seu avô, Júlio José
Barreiros, para efeitos de publicação no blog
"Pombalinho".
15 maio 2013
Blog de Busca Rápida !!!
Atendendo que a
informação publicada nos blogs principais e temáticos do
Pombalinho atingiu um volume considerávelmente denso e
por consequência, daí resultar uma certa morosidade ao nível
da pesquisa, entendeu-se criar um índice
de ligações que permita, de uma forma rápida,
direccionar as consultas pretendidas sobre quaisquer matérias
ou assuntos, aos blogs onde elas estejam publicadas.
E assim nasceu o "Pombalinho Temático"! É um espaço onde
se pretende colocar ao dispor de um vasto leque de visitantes,
variadissimos temas relacionados com o Pombalinho. Creio que
será mais um instrumento ao serviço de todos os que se
interessam pelo Pombalinho e pela sua História! Visitar, questionar
e conhecer sempre mais um pouco do Pombalinho é o horizonte a que
nos propusemos ! Então..., boas navegações!!!
Nota - Para acederem ao Blog PT poderão clicar conforme mostra a
ilustração ou colocarem na vossa barra de Favoritos o
endereço http://pombalinho-tematico.blogspot.pt/
24 abril 2013
25 Abril no Pombalinho !
A
população do Pombalinho em manifestação alusiva ao 25 de Abril de
1974.
(Sul
da Rua Barão de Almeirim)
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