27 janeiro 2007

Francisco Duarte





Francisco Duarte, nasceu em 14 de Abril de 1921.










Mais conhecido por "Chico Pardal", herdou a alcunha de seu pai Fernando Duarte. Dedicou-se em certa fase da sua vida à compra de galináceos pelas ruas do Pombalinho que depois despachava para Lisboa, sendo também um dos grandes dinamizadores do teatro da nossa terra nos anos 40 e 50. Foi actor e participou em peças de Teatro nas quais desempenhou as personagens de José Manuel em “Culpa e Perdão”, de Lucas em “Choro ou rio” Mr Cangireau em Flôr de Aldeia” e tantas outras.
Faleceu no dia 23 de Abril de 1988.




Colaboração de Texto e Fotografia_ Joaquim Manuel Barreiros Mateiro

Para texto na integra clicar em  Francisco Duarte 





23 janeiro 2007

Teatro no Pombalinho - IV








Revolvendo há dias aquelas memórias documentais que todos nós gostamos de preservar ao desgaste do tempo, encontrei de entre umas tantas cartas esta fotografia que hoje publico neste nosso espaço de memória colectiva.

Lembro-me vagamente do tempo em que a vi pela primeira vez numa qualquer gaveta na casa dos meus pais, mas o que importa aqui realçar é o significado representativo de mais este registo histórico do Pombalinho.

 Refere-se a uma peça teatral sob a forma de comédia com o nome de “Leis Modernas”, fez parte dessa brilhante época de teatro amador do Pombalinho e foi levada à cena na Casa do Povo em Julho de 1958. Reconhece-se nesta representação, Ema Correia Braga, Maria Adelaide Leal, Maria Adelaide Santana e José Maria dos Santos.


Para mais informação pormenorizada sobre esta peça, poderão consultar o post “Teatro no Pombalinho-1” publicado em 07 de Setembro de 2005, neste nosso Pombalinho.




Para Blog temático clicar em  Teatro 











18 janeiro 2007

Porta de Entrada Sul do Pombalinho!





 
Ezequiel Mateiro, Francisco Cruz e José Leal, iniciando passeio de bicicleta em 13 de Junho de 1954.









António Braz, José Martinho, Manuel Gomes, Américo Ferreira e António Carlos, num passeio domingueiro junto à saudosa Ponte de Fernão Leite no ano de 1972.



No Pombalinhense defendi em tempos, mais precisamente em 4 de Janeiro de 2006, que a minha “porta de entrada” favorita no Pombalinho era a do lado Sul. De facto uma aproximação progressiva à identidade da urbe, permite-nos apreciar a beleza dos campos transformados em searas, tão bem característicos desta zona do Ribatejo. E depois há (havia) a Alverca da ponte de Fernão Leite, esse retrato postal que completa o quadro paisagístico, tantas vezes recordado na admirável beleza das nossas memórias.

Mas porque é que nos sentimos intemporalmente contagiados ao "apelo" desta zona adjacente do Pombalinho? Sem querer encontrar uma qualquer explicação de caracter emocional, reservo-me à publicação e ao testemunho destes dois exemplos fotográficos (muitos mais haverá, estou certo) bem elucidativos de que é por ali que o Pombalinho está verdadeiramente caracterizado ..., e por ser assim, ouso uma vez mais apelar às actuais autoridades locais, para que desenvolvam e implementem os necessários melhoramentos urbanísticos de caracter turístico, para que a imagem primeira da nossa terra, a qualquer visitante, reflita uma mensagem de simpatia e acolhimento como as nossas gentes merecem.





Colaboração Fotográfica_Teresa Cruz






08 janeiro 2007

O Jogo da Bisca e da Sueca














Naqueles tempos a vida era compartilhada socialmente de uma outra maneira  e os tempos de ócio eram normalmente preenchidos em lugares públicos onde o jogo fosse razão de entretenimento e também naturalmente de alguma disputa saudavelmente assumida  ! Ainda não tinham chegado os instrumentos lúdicos de tecnologias avançadas que tanto acabariam por contribuir para  o isolamento de uma qualquer sala dos nossos lares!!!  

De uma semana de trabalho árduamente cumprida, o domingo era o dia que restava para se passar uns bons momentos desses tempos ritmados a uma outra velocidade! O espaçoso Café do Chico Minderico era o local de eleição para o ponto de encontro de uns tantos conterrâneos.

Nestas duas excelentes fotografias em que o seu autor nos transporta para o verão desse longínquo ano de 1964, pode-se testemunhar como realmente parte da comunidade Pombalinhense preenchia, com o jogo da bisca e da sueca, esses seus tempos de lazer.

No primeiro registo fotográfico pode-se reconhecer Diamantino Teixeira, Manuel Bacalhau, Maria Adelaide, Amadeu Cunha, António Domingos, Júlio Guilherme, José Minderico, Dionísio Vinagre, Manuel Ramos, António Inácio, Manuel Grais, Nicolau Mogas, Joaquim Fataça e os jovens João Coradinho, Manuel Justino e Fernando Veríssimo.

Na segunda fotografia, tirada na esplanada do mesmo Café, identificam-se como jogadores o Chico Pardal, o Francisco Cruz, o Luís Júlio e o José Alexandre (de costas), os restantes, são o Joaquim Duarte, a Maria Adelaide, o Manuel Cavaco, o Ezequiel Mateiro ( encoberto pelo Luís Júlio) e o Chico Gaião (adolescente de suspensórios).


Fotografias_Guilherme Afonso





02 janeiro 2007

O Leiloeiro !






Com redobrados desejos de um bom Ano Novo para todos, reiniciamos hoje mais uma viagem pelas memórias da nossa terra.

Quem não se lembra desta figura particularmente peculiar, que desempenhava a tarefa de vender rifas nos intervalos dos bailes ? Pois é, ele pegava naquele molhinho de pequenos pedaços de papel, em formato rectangular, numerados manualmente de dez em dez números e lá se punha a licitar sem deixar de apregoar a todos os circunstantes as esmeradíssimas qualidades do prémio a ser sorteado. Normalmente quase sempre composto pela galinha corada, o coelho guisado, as batatas fritas, o vinho e alguma fruta da época.

Depois de todas as rifas terem sido vendidas o momento do sorteio tinha finalmente chegado! Recorria-se normalmente a uma criança, que de dentro de um saco lá se retirava o tão ansiado número. Depois já se vê, o baile tinha terminado naquele momento para os felizes contemplados, pois com um manjar daqueles, tudo o resto bem podia esperar.

Nesta fotografia podemos identificar um dos últimos leiloeiros de bailes do Pombalinho, decorria o ano de 1964, na esplanada do café do Chico Minderico. Era ele de seu nome José Maria e na circunstância estava coadjuvado, na distribuição das rifas, pelo João Melão e o Carlos Rodrigues “Paipão”. 


Nota – O autor deste blog pede naturalmente às pessoas visadas a sua compreensão para o facto de se recorrer a nomes ou “alcunhas”, pelos quais as pessoas eram ou são ainda conhecidos no Pombalinho, apenas com o intuito de uma melhor identificação das mesmas. 

Fotografia_Guilherme Afonso
Texto_Guilherme Afonso/Manuel Gomes