18 outubro 2008

Ainda as cheias no Pombalinho!





Durante a permanência das cheias no Pombalinho, raramente a sua população ficou isolada geograficamente dos seus mais próximos vizinhos. Normalmente a estrada EN 365 fica(va) interrompida ao trânsito motorizado entre a entrada sul da aldeia e a Ponte do Alviela, ficando a salvo do alagamento provocado pelas águas a saída norte em direcção à Azinhaga, permitindo assim que esta comunicação se mantivesse como alternativa de percurso para Santarém e outros destinos utilizados pelos pombalinhenses.

Do Reguengo de Alviela já a situação é bem diferente! Esta povoação da Freguesia de S Vicente do Paúl situada numa zona agrícola completamente plana, muito embora localizada numa área superficial de pequeno relevo, é facilmente isolada pelas águas do Tejo e esta fotografia revela-nos uma das frequentes acções que eram desenvolvidas pelas suas gentes em sequência dessa rotura na vida normal dos seus habitantes, ou seja, o abastecimento alimentar e transporte de pessoas por barcos movimentados a remos ou à vara a partir do Pombalinho. Da data do seu registo não temos qualquer indicação mas presume-se que seja das primeiras décadas do século vinte, atendendo à caracterização vegetal existente na estrada EN365 e também por pertencer ao espólio documental de Júlio Barreiros, avô de Fernando Furtado Barreiros.

Atente-se no pormenor das pedras colocadas no solo e na linha limite do alagamento, para uma leitura mais rápida e directa da subida do nível da cheia.


Como notas finais, o agradecimento ao Fernando Furtado Barreiros por ter possibilitado a publicação de mais esta preciosidade e ao Joaquim Mateiro pela colaboração na “interpretação” possível desta bela fotografia.