22 julho 2012

Pombalinho, a América Inglesa!


Ainda a propósito das Invasões Francesas e das consequências ou implicações que elas tiveram no Pombalinho, convém relembrar uma breve passagem da exposição escrita que o barão de Pombalinho, António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero, fez sobre a sua vida militar e neste particular sobre o seu envolvimento no combate aos invasores franceses.

O casarão dos barões de Almeirim, então propriedade do barão, foi nesses anos dificeis para Portugal um  espaço de liberdade e de luta contra as tropas de Massena ao  ponto do Pombalinho ter sido apelidado de  América Inglesa!




Casarão dos Barões de Almeirim em Pombalinho.



Nota - O texto está conforme o original, em arquivo na Torre do Tombo.


"Chegou finalmente, a fatal Época da usurpação; e então desde logo não deixou o Exponente de fazer os maiores serviços pela Cauza de Sua Magestade Fedelicima , a Senhora D. Maria Segunda; com risco de vida, perda de família, e Caza, Recolheu-se immediatamente ao Pombalinho, onde tem a sua maior Lavoira; a sua Caza servio d’azillo amuitos refugiados; sustentou sempre o espirito dos Povos, a favôr da mesma Cauza; já, fazendo-lhe vêr diferentes cartas que recebia de Inglaterra, e de muitas outras partes; já todos os periodicos da Ilha 3ª e do Porto; e por este motivo diferentes peçoas de Santarem, e de diferentes Povoações desta Redondeza=estavão a hir a Caza do Exponente a todo o momento para serteficarem se do que havia, visto que era constante, que o Exponente tinha hum gabinete de literatura em Objetos políticos; aponto de dizerem os Ministros Miguelistas de Santarem, que o Pombalinho éra a America Inglesa: Isto podia ter custado muito caro ao Exponente se os Ministros não conhecêcem que elle tinha bastante influencia nesta Commarca. Alem de muitas peçôas refugiadas em caza do Exponente, (digão-no o Doutor Mello, Provedor das Caldas e o Abade de Povolide Miguel de Faria Amaral que ali estiverão em todo o tempo da usurpação, o Bravo Capitam Pinto, hoje no Regimento de Infantaria, o Tenente Amaral no Regimento de Cavalaria, que estando emtão em Santarem forão perceguidos por malhados, e por tais motivos mandados prender , e nesta occasião o Pinto mandou para o outro mundo hum dos que o queria prender; tiverão de fugir, mas sem saber para onde, e faltos totalmente de meios divagarão errantes por esta redondêza; estiverão por momentos a serem prezos em Torres Novas, donde vierão parar a hum cazal perto do Pombalinho, onde estavão no maior risco; foi então que se lembrarão mandar hum recado ao Exponente, que foi logo buscalos, têve-os em diferentes quintas que possue, sustentou=os por alguns mezes, fez-lhe apresentar embarcação para o Porto, e logo que disto teve noticia metêos em hum Barco seu pelo Tejo abaixo , e isto com o maior risco do Exponente, por que em Villa Franca havia uma __ para revistar todas as embarcações; chegados a Lisboa, fellos vistir no seguinte dia, comprando-lhe oque lhes era mais precizo, e no emmediato em barcalos para o Porto, onde já estava o Exercito Libertadôr, ao qual se unirão em Oito dias !!! elles devem a cabeça ao Exponente, pois se tivecem chegado a ser prezos, a terião perdido em trez dias.


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13 julho 2012

Pombalinho 1606 - 2012


Pombalinho  13-Julho-1606 / 13-Julho-2012


Aldeia do Pombalinho!...
Margem direita do Tejo...
É um jardim pequenino!
Num canto do Ribatejo.

Por vezes é um navio,
Que o Tejo faz flutuar...
Numa bravura constante!...
Que em vez de rio, é mar.

E foi aqui, que eu nasci...
Se possível, quero morrer...
Nos braços desta Aldeia!
Que a sorrir, me viu nascer.



Versos do poema "Aldeia do Pombalinho" de Maria Luísa Narciso Duarte
Pintura de  Joaquim Manuel Barreiros Mateiro


07 julho 2012

Invasões Francesas no Pombalinho


Entre 1807 e 1813, Portugal esteve envolvido na designada Guerra Peninsular, resultado das sucessivas invasões que as tropas francesas infligiram à Península Ibérica.

Portugal foi alvo de três invasões: em Novembro de 1807 (início da primeira invasão comandada pelo general Junot), em Março de 1809 (segunda invasão comandada pelo general Soult, comemorando-se este ano de 2009, os 200 anos), e em Junho de 1810 (terceira invasão comandada pelo marechal Massena).

A região de Santarém não ficou incólume à passagem da força militar francesa. Num excelente trabalho de Mestrado em História Regional e Local da autoria de Fernando Manuel da Silva Rita e outro também baseado sob o mesmo tema de Carlos Guardado da Silva, podemos "viajar" pormenorizadamente pelo concelho e avaliarmos os prejuízos de vária ordem, nesta zona ribatejana, causados pela passagem das tropas de Massena e Wellington nos anos de 1810 e 1811.


Da publicação deste trabalho retiramos algumas passagens com referênca ao Pombalinho (designado por Pombal pelas razões conhecidas) e outras para permitir uma certa cronologia histórica da passagem dos invasores franceses pelo concelho de Santarém e em particular pelo Pombalinho onde entraram no seu território em 18 de Outubro de 1810.








































































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