“As Casas e as
Fontes da Minha Aldeia”! Foi este o nome que Joaquim Mateiro escolheu para sua exposição de pintura que teve lugar na Casa
Pedro Alvares Cabral/Casa do Brasil em
Santarém no dia 14 de Abril de 2007. Hoje recordamos esse dia carregado de
enorme simbolismo para o antigo Presidente de Junta de Freguesia do Pombalinho.
Infortunado que foi pelo aparecimento de uma doença que o impossibilitou de
exercer a sua vida em circunstâncias de normalidade, o Joaquim nunca deixou de
procurar outros caminhos que o pudessem valorizar em tudo que tivesse a ver
consigo e com o
seu Pombalinho. Tive o privilégio de testemunhar isso mesmo! A sua
generosidade e persistência na luta contra a desistência eram enormes, porque a vontade de muito querer fazer, mostrar e aprender, estava sempre para além
do seu quotidiano!
A pintura foi a
escolha que o Joaquim fez para preencher
e dar, segundo suas próprias palavras ("pinto por prazer e pela força do destino; mas estes simples mas sentidos trabalhos, vieram trazer à minha vida uma razão para continuar a lutar por ela"), um sentido muito importante aos últimos tempos da sua vida! Na sua casa por onde passei em visitas que lhe
fiz com alguma regularidade, os quadros eram as suas histórias! As histórias da
sua vida! E a história também do Pombalinho! Era contagiante sentir o entusiasmo que punha na forma como me contava sobre a importância que António Vasques da Cunha Portocarrero (Barão
de Pombalinho) teve no desenvolvimento da nossa terra! E da alegria e
felicidade que sentiu por ter contribuído, ele próprio, com um grupo de brilhantes
pombalinhenses pelo ressurgimento do teatro no Pombalinho! O Joaquim viveu e
amou o nosso Pombalinho de uma forma muito especial! A exposição em Santarém,
realizada faz hoje nove anos, foi porventura a sua forma superior e pública de dizer isso mesmo a todos quantos o admiraram na sua dedicação em prol da sua terra! Da nossa terra!