19 abril 2018

Teatro ao Deus Menino em 1861!



Um grupo de cidadãos do Pombalinho pensou comemorar o nascimento do Deus Menino, na forma de representação teatral, por ocasião da quadra Natalícia que então se vivia. O Pároco em exercício na paróquia, indignado com tal atitude, manifestou de imediato ao Vigário Geral de Santarém a sua preocupação sobre a eventual realização do evento, chegando mesmo ao ponto de adjectivar de escândalo em contexto religioso. A gravidade da situação era tal, no entendimento do Paróco Manuel Marques Rangel de Campos, que não deixou de considerar até a necessidade de uma consulta/parecer ao Administrador do Concelho. 

É certo que se vivia no ano de 1861, imaginemos por isso o ambiente desse Natal que não terá sido para este grupo de Pombalinhenses! Ficaram no entanto, para que os pudessemos recordar pela inicitiva tomada, os documentos que se anexam.























Transcrição da autoria de Drª Leonor Lopes/Arquivo Distrital Santarém.







27 fevereiro 2018

Mouchão dos Coelhos




Mouchão dos Coelhos foi uma propriedade que existiu no leito do Tejo, entre o Pombalinho e Vale de Cavalos. Limitava-a, um braço do Rio que ao entrar na sua margem esquerda circundava esta pequena parcela de terreno em forma de ilha e a separava do restante território. [ Fig 1 ]
Mouchão dos Coelhos pertenceu juridicamente ao Pombalinho até finais do século dezanove. Um porto existente permitia às populações, de ambas as margens do Tejo, fazer as travessias de barco sempre que fosse necessário para o transporte de bens e pessoas. [ Fig 2, 3 e 4 ]
A 2 de Dezembro de 1886 e ao abrigo de um projecto nacional de divisão paroquial, Mouchão dos Coelhos foi desanexada da antiga freguesia de Santa Cruz do Pombalinho  e incorporada  na  de Espírito Santo de Vale de Cavalos no concelho da Chamusca. [Fig.5 ]
A Comissão Concelhia, então criada para o efeito, fundamentou as razões da desanexação devido às dificuldades dos habitantes do Mouchão dos Coelhos de poderem assistir  aos actos religiosos na igreja do Pombalinho, por ocasião das inundações do Tejo, assim como também na impossibilidade de lhes serem administrados prontamente os devidos socorros em consequência das suas necessidades espirituais. [ Fig. 5 ]
Como nota final, a justificação conclusiva que presidiu à sustentação do deferimento do decreto, assinado pelo  ministro e secretário de estado dos negócios eclesiásticos  e de justiça:
“atendendo às informações havidas, pelas quais se mostra que a providencia reclamada é de toda a conveniência, e que a pretendida desanexação não obstará a que a freguesia de Santa Cruz do Pombalinho possa subsistir como paróquia independente.” [ Fig. 5]









Fig. 1








Fig. 2








Fig. 3








Fig. 4








Fig. 5









Ligação 1 -   Decreto21Abril1862  


      Ligação 2  -  MemóriasdoGuilherme 


Ligação 3  -  Mouchão 






08 fevereiro 2018

Cheias de 1840/41


Em pleno inverno do ano de 1840 e o Pombalinho acabara de ter sido assolado por mais uma das grandes cheias do rio Tejo. Imensos prejuízos materiais atingiram os moradores da nossa terra, com maior incidência nas suas zonas mais baixas. Com o intuito de  minimizar os efeitos devastadores que a cheia provocou entre a população atingida do distrito de Santarém, foi criada por nomeação da rainha D. Maria II e ao abrigo do Decreto de 15 de Fevereiro de 1841, uma  Comissão de Auxílios para angariação de géneros alimentícios, roupas, dinheiro e a sua sequente distribuição pelas pessoas mais afectadas.

Um livro publicado pela Imprensa Nacional de Lisboa descreve pormenorizadamente a listagem dos donativos que foram distribuídos à população de Azinhaga e Pombalinho (1ª distribuição) + Reguengo (5ª distribuição), vítima da subida anormal das águas do Tejo no final de ano de 1840, princípio de 1841.

Por ilustrarem este particular contexto de vida dos nossos conterrâneos, no longínquo ano de 1840, não quisemos deixar de publicar no “Pombalinho” excertos do referido livro, assim como cópia do Decreto Real que deu origem a uma campanha de solidariedade para com as gentes das zonas mais alagadas pela subida anormal do nível das àguas do Rio Tejo.








Folha  1/10


Folha  2/10





Folha  3/10



Folha  4/10



Folha  5/10



Folha  6/10


Folha  7/10




Folha  8/10



Folha  9/10



Folha  10/10




Curiosidades:
Arratel – Antiga medidade peso equivalente a 459 gramas.
Baeta – Pano de lâ felpudo.
Côvado – Antiga medida de comprimento equivalente a 0.66 metros.
Quarta – Antiga medida capacidade equivalente a 3,45 litros


Ligação relacionada -  Cheias no Pombalinho 




27 janeiro 2018

Manuel Sabino Duarte "Veca"






Entrevista a Manuel  Sabino Duarte “Veca”,  publicada na antiga Revista  "Plateia"







Ligações relacionadas  -    Veca 1   +  Veca 2  +   Veca 3